24 de outubro de 2001. Era em torno de 19h. Estava no Santuário Tabor rezando quando entrou um menino de uns dez ou onze anos, vestido com roupas bem simples e com uma bandeja amarela e vazia nas mãos. Ao entrar, ele, em voz alta, disse “oi”. Sentou-se atrás de mim e ficou alguns minutos. Quando saiu, uma senhora que estava em adoração foi atrás dele. Percebi que conversavam sobre os santos do Santuário, pois a porta estava entreaberta. Uma outra senhora, que chegava para rezar, envolveu-se na conversa. Esta apontava para São Pedro e tentava indicar ao menino onde o santo estava no altar. O menino demorou a encontra-lo, mas quando conseguiu, ficou surpreso e feliz. Depois a senhora lhe deu uma imagem da Mãe e do Pe. Kentenich que tinha orações no verso para ele levar. Ela perguntou-lhe se ele sabia ler. A resposta que deu não consegui ouvir.
Após uns 10 minutos, dirigi-me a uma sala de reuniões pois estava fazendo um curso sobre a pedagogia de Schoenstatt. Durante o curso, o palestrante leu a passagem bíblica que fala sobre as crianças no Reino de Deus. Então uma mulher resolveu falar sobre uma criança que ela havia encontrado em frente ao Santuário. E contou a história desse menino que hoje tinha ido ao Santuário com uma bandeja vazia para agradecer à Mãe porque tinha conseguido vender todas as carrapinhas. Era o mesmo menino! Essa senhora, junto com a outra que estava em adoração no Santuário, perguntou ao menino qual era o seu nome. E ele disse que era Pedro! Ao saber disso, elas explicaram-lhe o significado de seu nome – o santo chaveiro do céu, a pessoa a quem Jesus confiou a Igreja. A senhora também disse que o menino havia ficado muito feliz quando soube disso e ainda mais quando ganhou a imagem da Mãe. Enquanto o menino estava indo embora, essa senhora ficou acompanhando-o com o olhar até quando pode. E viu que o menino caminhava sem tirar os olhos da imagem da Mãe!
Este dia foi uma grande lição. Aprendi que a Mãe nos ajuda todos os dias, todas as horas do nosso dia-a-dia e que devemos sempre lembrar de agradecer pelas nossas pequenas conquistas. Afinal, o Reino de Deus é dos pequenos, dos humildes, dos simples, dos puros de coração; é das pessoas que sabem (re)conhecer o amor de Deus em todas as situações.
“Nada sem ti, nada sem vós!”